História

Nossa História
Fundado em 14 de outubro de 1981, o município de Sarandi está inserido na microrregião de Maringá, localizado no centro-oeste da mesorregião Norte Central Paranaense e seus limites e confrontações são com os municípios de Maringá e Marialva. Possui área de 103,68 km², subdivididas em território urbano e rural. Na sede municipal são encontrados aproximadamente 85 bairros urbanos.


O surgimento de Sarandi é parte de um processo de ocupação norte do território paranaense, que teve início nos anos 20 e intensificou-se substancialmente nos anos 40 e 50, associados à força da expansão cafeeira paulista, que contava com as vantagens da suposta qualidade das terras da região e dos estímulos de um mercado imobiliário organizado. Em 1947, ano da fundação de Maringá, Sarandi já teve o primeiro traçado projetado nos mapas da Companhia de Melhoramentos. Nesta ocasião deu-se o início da comercialização dos lotes urbanos na região, para a construção da localidade que serviria de centro de abastecimento da Ferrovia Rede Viação Paraná/Santa Catarina. Entretanto, documentos e relatos relacionados à posse de terras evidenciam a presença de famílias na área rural de Sarandi desde a década de 30.

No ano de 1935 quando, efetivamente, começa a ser contada a história de Sarandi, a qual pertencia ao município de Londrina, depois a Apucarana, Mandaguari e finalmente, Marialva, até se tornar um município independente. Nesse tempo, Sarandi era conhecida como quilômetro 118, referindo-se a distância que a separava de Londrina. A partir de 1940, os engenheiros da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná ? CMNP mapearam diversas cidades e patrimônios do Estado do Paraná e Sarandi tornou-se um importante núcleo nesta missão, pois abastecia toda a frente desbravadora. Em 1951, Sarandi já era Distrito Administrativo de Marialva. Em 1974, as loteadoras iniciaram a comercialização de terrenos na área urbana, porém a explosão imobiliária ocorreu mesmo em 1976. Em 14 de outubro de 1981 a Lei Estadual nº. 7.502, sancionada pelo então governador, Ney Aminthas de Barros Braga, criou o município de Sarandi, separando-o do território de Marialva. Sarandi passou a funcionar como município somente a partir de 2 de fevereiro de 1983, quando o primeiro prefeito eleito pelas eleições de 15 de novembro de 1982, tomou posse.

Clima
Segundo a classificação Koeppen, a região do município de Sarandi, pertence à categoria de clima subtropical úmido mesotérmico (Cfa), caracterizando-se por possuir verões quentes e geadas pouco freqüentes, com tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, sem estação de seca definida. A média das temperaturas dos meses mais quentes é 27 a 28ºC e a dos meses mais frios é inferior a 16 a 17ºC. A temperatura média4 anual é de 21 a 22ºC.
Devido ao desmatamento identificado na região, o clima vem sofrendo significativas variações nos últimos anos, causando acentuada perturbação do limite normal entre as zonas climáticas, com alterações do volume e freqüência das precipitações.
Outros dados climatológicos do Município de Sarandi são: Umidade relativa do ar - os valores médios anuais são de 66%; Faixa de precipitação nos meses menos chuvosos, ocorre no inverno, nos meses de junho/julho/agosto - 225 a 250 mm; Faixa de precipitação nos meses mais chuvosos - ocorre no verão, nos meses de dezembro/janeiro/fevereiro - 500 a 600 mm; Faixa de precipitação anual - 1.400 a 1.600 mm; Regime de ventos predominantes - a direção predominante do vento é Noroeste a Nordeste; Evapotranspiração - 1.100 a 1.200 mm.

Geomorfologia
Quanto à geomorfologia no município de Sarandi, destaca-se que o relevo é caracterizado como plano, com poucas exceções de relevo suave ondulado.
A localização e altitudes aproximadas das posições geográficas da Sede do município - 23º 26? 37? S - 51º 52? 26? W, 585 m e do bairro Chácaras Aeroporto (Vale Azul) - 23º 29? 09? S - 51º 54? 16? W, 520 m.
As maiores altitudes são verificadas na porção Noroeste do território municipal e as menores altitudes a Sudoeste, na proximidade do bairro Chácaras Aeroporto (Vale Azul).
Informações geológicas do meio físico têm importância fundamental no processo de planejamento urbano e rural, no uso dos recursos naturais e no bem-estar da população. O impacto no meio físico causado pela ocupação desordenada do solo, tem como resultado a alteração do ambiente, culminando com o surgimento de acidentes geológicos, prejuízos à população e ao poder público, e risco à vida.

Hidrografia
O município de Sarandi está inserido na dinâmica da bacia do rio Ivaí e do rio Pirapó, que possuem respectivamente uma área de 36.594 km² e 5.025 km². A escassez de cobertura vegetal nas margens tem acentuado o processo de assoreamento destes rios, com conseqüente elevação do seu leito.

Conforme o Atlas para Construção do Desenvolvimento Sustentável no Município de Sarandi ? Paraná (2008) o município encontra-se inserido em quatro bacias principais: Bacia Hidrográfica do Ribeirão Sarandi; Bacia Hidrográfica do Ribeirão Pingüim; Bacia Hidrográfica do Aquidaban; e Bacia Hidrográfica do Jaguaruna.

Atualmente, diversos cursos d?água que cortam ou estão inseridos no território do município, encontram-se em avançado estágio de degradação ambiental, com problemas relacionados à erosão, mata ciliar e assoreamento, pode-se citar como os mais degradados: o ribeirão Sarandi, ribeirão Pingüim, ribeirão Aquidaban e córrego Guaiapó, sendo que, em trechos de suas margens existem algumas áreas de mata nativa, porém não conseguem cumprir a função de proteção à fauna por estarem fragmentadas e sem conectividade, dificultando as trocas genéticas e o trânsito dos animais silvestres.
Cabe destacar que o município de Sarandi está elaborando o Plano de Recursos Hídricos (2008). De acordo com Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal n°. 9.433/97), trata-se de um plano diretor que visa fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional no território municipal, assim como do gerenciamento adequado dos recursos hídricos.

Vegetação
A formação florestal da região é classificada como Floresta Estacional Semidecidual. Este tipo florestal que cobria boa parte do estado do Paraná deu lugar aos cultivos agrícolas e às pastagens. A paisagem primitiva do Norte Paranaense foi totalmente alterada nos últimos 50 anos. Atualmente a cobertura florestal tem 17.220,20 ha e a área de reflorestamento é de 32,30 ha, representando respectivamente 0,37% e 0,24% deste tipo de cobertura vegetal na mesorregião Norte Central (SEMA/IAP, 2002).
A situação não é diferente no município de Sarandi. Da cobertura original desta região restaram somente alguns fragmentos completamente alterados. As matas ciliares dos rios da região também estão bastante descaracterizadas, quando não suprimidas. Assim, a conectividade entre fragmentos florestais é pequena ou inexistente, comprometendo a manutenção da biodiversidade regional. Há algumas áreas reflorestadas com eucalipto e outras com pequenos plantios para consumo florestal próprio, em propriedades rurais particulares. De todas as áreas verdes de floresta nativa ou plantada em Sarandi, as que possuem potencial para desenvolvimento de ações preservacionistas, estão localizadas na borda do condomínio habitacional fechado, ao norte da sede, e outra área de aproximadamente 28 ha ao sul da sede, próximo a nascente do córrego Salmão.
O espaço urbano no município de Sarandi está constituído basicamente por áreas edificadas (casas, comércio e indústrias), áreas destinadas à circulação da população e áreas livres de edificação (praças, jardins, quintais, etc.). Estas áreas ou espaços livres podem ser públicos, potencialmente coletivos ou privados. Entende-se por arborização urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente nas cidades. Essa vegetação ocupa, fundamentalmente, três espaços distintos: Áreas livres de uso público e potencialmente coletivas; Áreas livres particulares; Sistema viário.

AUTARQUIA ÁGUAS DE SARANDI
Os serviços de saneamento no município foram administrados diretamente pela prefeitura através do Departamento de Água e Esgoto (DAE) que pertencia a Secretaria Municipal de Urbanismo. Atualmente (2008), conforme mencionado anteriormente, a Autarquia Águas de Sarandi - Serviço Municipal de Saneamento Ambiental, criada em 2006 pela Lei nº. 1279/2006, é responsável pelos serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário.

Este serviço Autárquico pode ter quadro próprio de servidores, com Plano de Cargos específico, os quais estão sujeitos ao Estatuto dos Servidores Públicos do Município. Sua estrutura orgânica é composta por três departamentos e cinco divisões (Figura 7.7.1). O Superintendente e diretores de departamento são nomeados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal. A contratação de servidores para o quadro efetivo é gradativa desde sua criação, sendo os chefes das divisões nomeados pelo Superintendente.

Atualmente (2017), a Autarquia tem utilizado 79 funcionários dentre os que são da prefeitura, ou de seu quadro próprio ou cargos comissionados. Além desses, alguns funcionários terceirizados executam serviços específicos. A classificação dos serviços prestados, as taxas, tarifas, remunerações e condições para a sua utilização são estabelecidas por regulamento que define e disciplina os critérios a serem aplicados aos serviços de abastecimento de água e de esgotos sanitários administrados pela Autarquia. Com relação às infrações e penalidades, o regulamento também estabelece a punição com multa para diversos casos como para ligações clandestinas e lançamento de águas pluviais na rede de esgoto.

O atendimento à população com relação à prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário ocorre das 8h às 11h30min e das 13h às 17h30min de segunda a sexta-feira, com funcionários designados e capacitados para esse fim. Para isso, o cadastro dos usuários é atualizado e consultado através do programa SysAgua - Sistema de Gestão do Saneamento. A população pode entrar em contato com a Autarquia através do telefone (44) 3264-4870, página na internet ou pelo atendimento. No site http://www.aguasdesarandi.com.br podem ser obtidas informações como locais para pagamento da fatura e rota de leitura, além de orientações à respeito de economia de água, documentos necessários para novas ligações, transferência de titularidade, desligamento, religamento, vistoria e transferência para nome de inquilino.